segunda-feira, 14 de junho de 2010

A Herança Militarizada e o Engodo nas Guardas Municipais

As instituições Guardas Municipais, sofrem de um grande mal, a farsa pessoas que viveram uma vida profissional, com procedimentos militares e de combate ao inimigo, e ainda nos dias de hoje, insistem em ter seus cargos, nas instituições Guardas, enraizando os seus dogmas, não de hierarquia e disciplina, mas sim de corporativismo e de estruturismo arcaico, que somente contempla a "quem não dá alteração", ou seja as Guardas Municipais são ainda muitas das vezes, com raras exceções, genéricos de policia militar, com um pouco de açúcar e falácias, enrola-se a população não oferecendo um serviço de excelência em Segurança Publica. E ainda garantindo monetariamente uma aposentadoria do Estado, e mais um cargo em comissão na Prefeitura.

Ou muda-se completamente os sistema de gestão das GMs, e implanta-se além de uma cultura de paz; todo o sistema de policia cidadã, para a eficácia e resultados bons e dignos para toda a sociedade, ou continuaremos vivendo uma realidade, aliada a uma mentira.

É preciso que a velha polícia com grandes méritos mais cheia de vícios, entenda,que não se faz mais segurança publica de quatro em quatro anos,e que a Constituição Federal Brasileira preceitua segurança como Direito Fundamental.

Abraços

GM Fontana
São José Dos Pinhais /PR

Opiniões sobre o artigo:

Artigo relevante. Infelizmente, a grande maioria dos prefeitos não compreendeu ainda que a Guarda CIVIL Municipal é instituição uniformizada e não fardada. Impõem-lhe, equivocadamente, estrutura, objetivo e emprego de forte apelo militarista, com sublimada ênfase no confronto aberto com a sociedade.
Esquecem-se que o caráter da GCM é predominantemente civil e sua natureza efetiva está voltada obrigatoriamente para a construção da paz social, em concerto com as aspirações populares dos munícipes.
Para estes, é mais fácil oferecer uma sinecura aqui, outorgar uma prebenda ali, que formar um corpo coerente e bem treinado de guardiões do povo e do patrimônio comum.
O gestor municipal que pensa assim, porfia na miopia de que a guarda do município somente contará com o apoio irrestrito das instituições policiais se estiver ligada umbilicalmente a uma dessas forças. Daí a notória distribuição de cargos a pessoas estranhas aos quadros da GCM.
Ora, se a municipalidade sentiu-se compelida a criar sistema próprio de proteção, é sinal que as unidades regulares de policiamento sediadas no município fracassaram; não cumpriram plenamente seu papel constitucional de prover esta segurança. Então, encastelar qualquer de seus membros na condução deste novo sistema é, no mínimo, temerário, leviano e demonstra extrema falta de visão histórica do problema.
Por fim, faço eco às suas palavras: “não se faz mais segurança pública de quatro em quatro anos”. E vou mais longe: ou anualmente durante os desfiles dos 7 de setembro.
Parabéns, Fontana, pela posição corajosa.
Nelson José S. Nascimento · Aracaju (SE) · 22/2/2010 23:42

Nada tão verdadeiro como o que foi exposto pelo GM Fontana. Aqui na cidade de Poá, na Gd São Paulo, os comissionados em "Chefe e Comadantes" colocam guardas municipais na própria Delegacia de Polícia Civil, ficando creches e escolas do município descobertas.
Interessante que os "comissionados" são policiais reformados, cujas idéias não são nem de longe técnicas e modernas no tema de segurança pública. Resultado: desperdício de dinheiro público!
O que causa espanto é que na cidade de Poá, um "comissionado Comandante-Chefe pomposo" desfila de "espada", tal e qual um pomposo oficial militar da Guerra do Paraguai.
Os "comissionados de Poá" tem na "farda" vários brevês de cursos estranhos à guarda municipal que só tem um ano de criação; inclusive um deles, que chegou a ser autuado em flagrante por porte ilegal de arma de fogo na delegacia de Suzano, cidade vizinha, traz "caveira com faca encravada" em sua farda, causando espanto em todos!
Causa com esse "teatro", a indignação e a chacota do povo contra uma instituição que poderia fazer muito pela cidade se fosse coordenada por guardas municipais jovens e vocacionados!
Meus parabéns Fontana, pela acuidade sobre a questão e o entusiasmo, além da coragem de "tocar numa grande ferida!"
Anderson Caldeira Lima · Suzano (SP) · 2/3/2010 22:09